O primeiro problema do liberalismo no Brasil é existirem poucos liberais (Roberto Campos).
Prezados Senhores
Abaixo resumo do estudo divulgado pelo IBGE. Redução no ritmo de queda na produção industrial. Apesar de abril de 2017 ter tido um ritmo de queda de -4,5% em relação ao mês de abril de 2016. Pode ser um sinal de reversão do ritmo de queda. Vamos aguardar a analise do mês de maio de 2017.
Nos quatro primeiros meses de 2017, o setor industrial acumulou decréscimo de 0,7%. Com o recuo de 3,6% em abril de 2017, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prosseguiu com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).
Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil – Fonte IBGE
Base: Abril de 2017
Produção Industrial sobe 0,6% em abril
Em abril de 2017, a produção industrial nacional mostrou avanço de 0,6% frente a março (série com ajuste sazonal), eliminando, dessa forma, parte da queda de 1,3% assinalada em março último. No confronto com igual mês do ano anterior (série sem ajuste sazonal), o total da indústria apontou recuo de 4,5% em abril de 2017, queda mais intensa desde outubro de 2016 (-7,5%).
Nos quatro primeiros meses de 2017, o setor industrial acumulou decréscimo de 0,7%. Com o recuo de 3,6% em abril de 2017, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prosseguiu com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).
13 dos 24 ramos pesquisados tiveram resultados positivos em abril
O avanço de 0,6% da atividade industrial na passagem de março para abril de 2017 teve predomínio de resultados positivos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 13 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências positivas foram registradas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (19,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%) e máquinas e equipamentos (4,9%). Essas atividades apontaram taxas negativas em março último: -23,4%, -6,9%, -3,4% e -3,3%, respectivamente.
Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (2,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%), de móveis (8,8%) e de produtos diversos (7,6%). Por outro lado, entre os onze ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior relevância para a média global foi assinalado por indústrias extrativas (-1,4%), que completou o terceiro mês seguido de queda e acumulou nesse período perda de 2,9%.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (2,1%) e bens de consumo duráveis (1,9%) apontaram os resultados positivos mais acentuados em abril de 2017 e reverteram os recuos registrados em março último: -2,5% e -7,2%, respectivamente. O segmento de bens de capital (1,5%) também assinalou avanço nesse mês e eliminou parte da queda de 2,2% observada no mês anterior. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,8%) mostrou a única taxa negativa em abril de 2017 e completou o terceiro mês consecutivo de redução na produção, acumulando nesse período perda de 4,0%.
Média móvel trimestral cai 0,2%
Na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou decréscimo de 0,2% no trimestre encerrado em abril de 2017 frente ao nível do mês anterior e manteve o comportamento negativo verificado em março último (-0,5%), quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo semi e não-duráveis (-1,3%) mostrou o recuo mais elevado nesse mês e acentuou o ritmo de queda frente ao observado no mês anterior (-0,3%). O setor produtor de bens intermediários (-0,1%) também registrou resultado negativo em abril de 2017, após assinalar queda de 0,6% em março último. Por outro lado, os segmentos de bens de capital (1,7%) e de bens de consumo duráveis (0,5%) apontaram as taxas positivas em abril de 2017, com o primeiro interrompendo a trajetória descendente iniciada em novembro de 2016; e o segundo voltando a crescer após recuar 1,9% em março último.
Produção Industrial retrai 4,5% em relação a abril de 2017
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou redução de 4,5% em abril de 2017, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 59,4% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, produtos alimentícios (-16,4%) exerceu a maior influência negativa. Outras contribuições negativas relevantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,9%), de bebidas (-9,1%), de produtos de minerais não metálicos (-6,6%), de máquinas e equipamentos (-3,2%), de outros equipamentos de transporte (-10,1%) e de móveis (-10,3%).
Por outro lado, ainda na comparação com abril de 2016, entre as oito atividades que apontaram aumento na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por indústrias extrativas (4,4%), metalurgia (7,5%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (9,8%).
Ainda no confronto com abril de 2016, bens de consumo semi e não-duráveis (-9,8%) e bens de capital (-5,5%) assinalaram, em abril de 2017, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. O segmento de bens intermediários (-3,0%) também mostrou resultado negativo nesse mês, mas com intensidade menor do que a média nacional (-4,5%). Por outro lado, o setor produtor bens de consumo duráveis, com avanço de 0,6%, apontou a única taxa positiva.
A produção de bens de consumo semi e não-duráveis, ao recuar 9,8% em abril de 2017, apontou a terceira taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior e a perda mais acentuada desde maio de 2015 (-10,5%). O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pela queda observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-10,7%). Os subsetores de não duráveis (-10,8%), de carburantes (-14,3%) e de semiduráveis (-2,0%) também assinalaram resultados negativos nesse mês.
O setor produtor de bens de capital recuou 5,5% em abril de 2017 e interrompeu cinco meses de taxas positivas consecutivas na comparação com igual mês do ano anterior. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo recuo observado na maior parte dos seus grupamentos, com destaque para a redução vinda de bens de capital para equipamentos de transporte (-8,6%), pressionado, especialmente, pela menor fabricação de aviões, caminhão-trator e caminhões. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital para energia elétrica (-24,4%), para fins industriais (-11,5%) e de uso misto (-0,4%). Por outro lado, o principal impacto positivo foi assinalado pelo grupamento de bens de capital agrícola (21,0%). Bens de capital para construção teve resultado positivo (14,3%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens intermediários mostrou queda de 3,0% em abril de 2017, após apontar avanço de 0,7% em março último. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (-22,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-6,6%), de máquinas e equipamentos (-10,1%), de produtos de metal (-2,9%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%) e de outros produtos químicos (-0,4%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (4,4%), metalurgia (7,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,3%) e celulose, papel e produtos de papel (0,8%).
O segmento de bens de consumo duráveis cresceu 0,6% no índice mensal de abril de 2017, sexto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, mas o menos intenso dessa sequência. Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelos avanços na fabricação de automóveis (4,6%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (14,2%). Vale citar também a expansão de 2,5% observada na produção de motocicletas. Por outro lado, os grupamentos de eletrodomésticos da “linha branca” (-13,4%), de outros eletrodomésticos (-10,9%) e de móveis (-12,0%) apontaram os impactos negativos mais importantes.
No período janeiro-abril de 2017, indústria cai 0,7%
No índice acumulado para janeiro-abril de 2017, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial caiu 0,7%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 12 dos 26 ramos, 39 dos 79 grupos e 49,6% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,1%) e produtos alimentícios (-6,2%) exerceram as maiores influências negativas.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-15,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%), de outros equipamentos de transporte (-9,5%), de produtos de minerais não-metálicos (-3,3%) e de impressão e reprodução de gravações (-11,5%). Por outro lado, entre as quatorze atividades que apontaram ampliação na produção, as principais influências no total nacional foram registradas por indústrias extrativas (7,2%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (8,9%). Outras contribuições positivas relevantes sobre a média da indústria vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (17,7%), de metalurgia (3,5%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os quatro primeiros meses de 2017 mostrou menor dinamismo para bens de consumo semi e não-duráveis (-3,0%) e bens intermediários (-1,0%).
Por outro lado, os segmentos de bens de consumo duráveis (8,7%) e de bens de capital (1,9%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado no ano, impulsionados, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (14,0%) e eletrodomésticos (13,5%), na primeira; e de bens de capital agrícola (27,5%) e para construção (22,8%), na segunda.
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