Prezados Senhores
Como um país poderia pensar em desenvolvimento econômico sustentável tendo que conviver com uma aberração econômica dessa magnitude, onde o esforço da nação se destina a subsidiar os cinco estados mais ricos e poderosos da federação, que mesmo assim não conseguem pagar as suas dívidas com a nação. Por isso, e somente por isso, o Brasil sempre foi administrado com a visão de tesouraria, jamais na visão de planejamento e futuro. Assim sendo o Brasil jamais terá futuro, será sempre, em sentido figurado: “um cachorro correndo atrás o seu próprio rabo”.
Da minha parte cumpri com o meu dever e combati o bom combate, agora joguem o estudo no lixo e vamos continuar batendo palmas para bêbados dançarem.
Não é por acaso que um primata como o Lula se transformou em um estadista.
Programas de Ajuste Fiscal
Dívida Consolidada Líquida dos Estados e Municípios Com a União – Fonte MF
Base: Ano de 2016
Estados | R$ Bilhões | % |
São Paulo | 223,6 | 40,20 |
Minas Gerais | 78,8 | 14,17 |
Rio de Janeiro | 58,5 | 10,52 |
Rio Grande do Sul | 53,9 | 9,69 |
Paraná | 10,4 | 1,87 |
Outros 22 estados | 98,7 | 17,74 |
Total | 523,9 | 94,19 |
Municípios | 32,3 | 5,81 |
Total | 556,2 | 100,00 |
Considerações:
1) Somente o estado de São Paulo concentra 40,20% do total das dívidas dos Estados e Municípios com a União.
2) Apenas 5 estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e Paraná) concentra 76,45% das dívidas dos Estados e Municípios com a União.
3) Em 31 de dezembro de 2016 a dívida total dos Estados e Municípios com a União montavam em R$ 556,2 bilhões.
4 – Os cinco estados constante no quadro demonstrativo acima (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná) responsáveis por 76,45% da divida dos estados e municípios com União, pagando juros subsidiados em torno de 10,00% ao ano são responsáveis por 64,9% do PIB do país. Uma aberração histórica do Brasil, jamais abordado nos meios acadêmicos, nos planos de governos, nem na imprensa e internet. Uma imoralidade.
Conclusão:
O retrato da tragédia brasileira é o da concentração de renda entre os estados, municípios e os cidadãos. E como não há interesse da sociedade brasileira por números, gráficos e tabelas, nada mudará. Não chega nem a ser debatido. Tudo se encerra nessa babaca que vos escreve.
Mesmo com a mamata acima colocada a dívida dos estados já foi renegociada três vezes. A última no governo atual alongando o prazo por mais vinte anos com três anos de carência para pagamento de juros integrais (será pago proporcional num percentual fixado).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
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Membro do Grupo Pensar+ www.pontocritico.com
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