Como meio de ilustrar as medidas “contra cíclicas” do governo, ou mesmo o intervencionismo mais básico, que tal pensar numa corrida: Todos saem na largada e tem as mesmas chances, em dado momento começa a chover (crise) e o governo interrompe a corrida e coloca uma placa: “piso molhado” (manutenção da taxa de juros, controle artificial do câmbio, alteração de impostos) e determina um novo momento para largada a partir dali enquanto permite que os corredores se preparem para o piso molhado comprando tênis apropriados, capas de chuva, e outros apetrechos.
Só tem acesso aos novos acessórios os que tem recursos e o governo também oferece crédito, mas de forma exclusiva aos que tem mais recursos que os anteriores. E para não ser injusto com os desfavorecidos, o governo cobra de todos uma taxa simbólica para poder entregar acessórios padrão a todos (SUS, escolas públicas, alimentação, moradia, segurança, transporte público, infraestrutura, etc.), não só para os desfavorecidos (comprados em grandes lotes daqueles que pegaram o crédito do governo, em processos isonômicos e de extrema lisura chamados de licitação).
Então para agradecer seus fornecedores, o governo oferece aos que pegaram o crédito um tratamento VIP, com massagens, orientação física e todo o tipo de regalia. E depois que estão todos de volta à nova largada os fornecedores ainda recebem uma vantagem extra pois estavam muito atarefados em atender ao nobre propósito do governo de permitir uma equalização dos direitos na corrida.
Entendeu como você é passado para trás enquanto acha que está recebendo vantagens?
Para saber mais:
Expoentes do intervencionismo: Michal Kalecki e John Maynard Keynes.
Sobre o laissez-faire: Adam Smith e François Quesnay.
Principais expoentes da Escola Austríaca e da teoria dos ciclos econômicos: Ludwig von Mises, Friedrich August von Hayek e Murray Newton Rothbard.
Autor: Tiago Nunes Da Costa
Gestão em Tecnologia, Finanças e Investimentos
Problem Solver especialista em Economia e Telecom
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Opa, que beleza, heim?!
Fiquei muito feliz por vê-lo escrever, meu caro.
Sobre a analogia, fantástica! Mas gostaria de entender melhor quando você disse “Entendeu como você é passado para trás enquanto acha que está recebendo vantagens?”. No seu ponto de vista, eu sou quem nessa história?
Grande abraço.
Então… somos os desfavorecidos. Existem os amigos do rei, os amigos dos amigos do rei e nós, os párias.