O pôquer é um jogo em alta, possuindo grandes jogadores e vários famosos encabeçando os grandes patrocinadores, como o ex-jogador de futebol, Ronaldo. Em abril de 2010, a Federação Internacional dos Esportes da Mente (IMSA), acabou por reconhecer oficialmente o pôquer como um esporte mental. Isto significa dizer que ele se igualou, em questão de habilidade, a jogos como o xadrez, bridge e outros esportes que a IMSA reconhece.
Teríamos muitos motivos para comemorar este grande avanço, pois tal reconhecimento implicou em total licitude para se jogar e promover campeonatos de pôquer pelo Brasil. Já não seria um jogo de “azar”, e sim de habilidade mental. Contudo, a Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) – Texas Hold’em é uma modalidade do pôquer -, naquele anseio de fazer as coisas aliadas ao governo e sonhando em vão que teria mais sucesso ao lado do Estado, lutou e conseguiu o “excelente” feito de convencer o Ministério do Esporte brasileiro a regulamentar o jogo por aqui, conforme noticiado pela Revista Exame. Sim, você leu certo: eles pediram por mais Estado.
Diz o texto da reportagem que “A regulamentação é briga antiga das confederações nacionais para que o círculo competitivo ganhe o mesmo apoio e credibilidade que qualquer esporte tem no país, gere confiança em investidores e atraia novos atletas para a formação de uma liga profissional. Desde 2011 há diálogos entre CBTH e governo para a criação de uma legislação”. Um pensamento que dispensa maiores digressões, pois somente pessoas que não prezam pela liberdade, acreditam que quando um governo regula um exporte, ele será mais saudável e gerará maior riqueza – pode até gerar, mas será para o Estado.
É por estas e outras razões que Confederações, Sindicatos e outras tantas entidades, em vez de lutarem por maior autonomia, a fim de poderem gerir seus próprios negócios, preferem se aliar ao Estado e buscar guarida nele. Talvez façam isso por pressão ou medo, ou ainda porque não possuem o real entendimento do que significa ser guiado pelo Estado. Ou talvez, seja por maldade mesmo.
Ainda na reportagem citada, “o presidente da CBTH, Igor Trafane Federal, comemorou a decisão. ‘O pôquer é uma atividade legal, mas precisa de um regulamento claro para crescer. Só assim poderemos atrair grandes empresas para investir’, afirma. ‘É algo que vai gerar receita para o governo, um plano de carreira ou regimento civil para os jogadores e dar suporte aos trabalhadores que ingressarem nesse segmento'”.
E assim se nota que a liberdade, com tanta dificuldade conquistada, novamente se vai, prejudicando os amantes deste esporte, pois onde se lê que algo “vai gerar receita para o governo”, pode se ter a certeza de que trará prejuízo ao participante.
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**Imagem: http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/poker.jpg
Isto tem um nome Corporativismo!
Ou Crony Capitalism.
A aliança espúria entre o setor privado e o governo visando sequestrar uma parte do mercado,
com justificativas tolas de que regulamentações são benéficas.
Quando só beneficiam meia dúzia de apadrinhados, os ” amigos do Rei “.
Mais uma vez o articulista, Filipe Machado vai ao cerne da questão usando um exemplo tangível e de fácil compreensão!