Final de semana viajei para outra cidade. Era para ter dado tudo certo e harmonioso, mas a verdade é que a família inteira acabou ficando gripada. E como sou contemplado, em poucas horas fiquei com amigdalite e o final de semana se acabava ali.
Sábado de noite, então, andei pela cidade à procura de uma farmácia e me deparei com duas – uma em frente da outra. A primeira, uma farmácia mais nova, enquanto a outra já era tradicional na cidade. Optei pela segunda, por imaginar que o serviço seria melhor (até porque minha esposa já tinha ido na outra e não gostamos do atendimento). Resultado: mesmo sem pedir, o farmacêutico me vendeu um antibiótico sem receita. Paguei mais caro do que na outra farmácia, imagino (só pelo preço que deu a compra), mas ao menos tive meu problema resolvido, uma vez que amigdalite é algo corriqueiro para minha pessoa.
Esta breve história demonstra como o livre mercado de medicamentos pode ser benéfico para todos. Não precisei encarar longas filas no Posto de Saúde em cidade estranha, a fim de conseguir uma “receita” para comprar o medicamento (se é que a obteria); não precisei pagar caro por um atendimento médico privado (num sábado a noite, difícil de conseguir) e não necessitei esperar até o outro dia para estar muito pior e ter de voltar para casa. Sim, verdade, paguei mais caro por esta “regalia”, mas paguei satisfeito, sabendo que estaria resolvendo o problema. Eu e o dono da farmácia fizemos um negócio bom para ambos: ele me vendeu mais caro e, portanto, lucrou mais, e eu consegui o que precisava.
Sendo assim, “Agências Reguladoras” e “Órgãos de Fiscalização”, conquanto tenham algum pequeno valor na realização de testes mais acurados, na esmagadora maioria das vezes, só servem de empecilho para o empreendedorismo e livre mercado. Sim, é igualmente verdade que o antibiótico vendido a mim, poderia ter me feito muito mal e piorado os sintomas, mas preferi correr o risco (em verdade, comprei um outro produto, também nesta farmácia e que, creio, ativou levemente minha asma, o que me levou a ter de ir no médico nesta segunda-feira, mas preferi o risco).
Em um sistema sem interferência, todos poderiam comprar os remédios que bem entendessem, estando cientes dos perigos que correm e analisando se o risco compensa ao benefício (vide o caso da fosfoetanolamina – suposto composto químico que ajuda pacientes com câncer). E não, não é porque alguns comeriam “lixo” para se curarem a qualquer custo, que todo o restante da população deva ser privada desta liberdade de comprar, porque ainda que os médicos saibam infinitamente mais (ou não) sobre doenças do que o próprio paciente, por que é preciso que o governo intermedie esta relação, exigindo das farmácias uma “receita”, a fim de ter o controle? Meu farmacêutico, um senhor de barba grisalha, acaso não saberia como tratar uma simples amigdalite?
É por isso que precisamos de menos governo e mais liberdade, porque não é possível crer que homens que se vendem para criar leis e regulamentações, entendam melhor de saúde e transações econômicas do que o únicos que geram riquezas: o empreendedor e consumidor.
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Concordo com a liberdade de adquirir medicamentos quando o risco for só do próprio paciente, mas quando falamos de antibióticos, o mau uso pode levar ao desenvolvimento de superbactérias. Aí a coisa é bem grave.
OK!
E qual a alternativa? Deixar a possibilidade de produzir superbactérias sob a discricionariedade pura e simples de alguns burocratas?
O mercado é o melhor mecanismo para previnir maus usos e usos indiscriminados. Punindo da forma mais eficiente e premiando da forma mais eficiente as boas condutas.
Não é perfeito, porque não existe tal opção.
Só é melhor que a alternativa. E um melhor que se propaga, gerando crescimento exponencial da eficiência do próprio sistema.