Prezados Senhores
Após queda do PIB de 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016 os papagaios de pirata governamentais vendem a falsa ilusão de um crescimento de 0,50% em 2017, sabendo que o orçado foi de 1,6%.
Com base nos conhecimentos matemáticos do primário sobre números relativos se isso fosse possível teria que haver uma variação positiva do PIB da ordem 4,1% no ano de 2017. Com a palavra os ingênuos que acreditam em qualquer bobagem.
Sistema de Contas Nacionais Trimestrais – Fonte IBGE
Base: Ano de 2016
PIB recua 3,6% em 2016 e fecha ano em R$ 6,3 trilhões
PERÍODO DE COMPARAÇÃO |
INDICADORES | ||||||
PIB | AGROPEC | INDUS | SERV | FBCF | CONS. FAM | CONS. GOV | |
Trimestre / trimestre imediatamente anterior (c/ ajuste sazonal) | -0,9 | 1,0 | -0,7 | -0,8 | -1,6 | -0,6 | 0,1 |
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior (s/ ajuste sazonal) | -2,5 | -5,0 | -2,4 | -2,4 | -5,4 | -2,9 | -0,1 |
Acumulado em 4 trimestres / mesmo período do ano anterior (s/ ajuste sazonal) | -3,6 | -6,6 | -3,8 | -2,7 | -10,2 | -4,2 | -0,6 |
Valores correntes no trimestre (R$ bilhões) | 1.630,6 | 52,9 | 298,6 | 1.058,9 | 254,8 | 1.042,2 | 369,3 |
TAXA DE INVESTIMENTO (FBCF/PIB) 2016 = 16,4%
TAXA DE POUPANÇA (POUP/PIB) 2016 = 13,9%
Em 2016, o PIB caiu 3,6% em relação ao ano anterior, queda ligeiramente menor que a ocorrida em 2015, quando havia sido de 3,8%. Houve recuo na agropecuária (-6,6%), na indústria (-3,8%) e nos serviços (-2,7%). O PIB totalizou R$ 6.266,9 bilhões em 2016.
O PIB caiu 0,9% no 4º trimestre de 2016 frente ao 3º trimestre, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É o oitavo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. A agropecuária cresceu 1,0%, enquanto que a indústria (-0,7%) e os serviços (-0,8%) recuaram.
Na comparação com o 4º trimestre de 2015, o PIB sofreu contração de 2,5% no último trimestre de 2016, o 11º resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. Houve queda na agropecuária (-5,0%), na indústria (-2,4%) e nos serviços (-2,4%).
TABELA I.1 – Principais resultados do PIB do 4º Trimestre de 2015 ao 4º Trimestre de 2016 |
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Taxas (%) | 2015.IV | 2016.I | 2016.II | 2016.III | 2016.IV |
Acumulado ao longo do ano / mesmo período do ano anterior < Anexo: Tabela 3 > |
-3,8 | -5,4 | -4,5 | -4,0 | -3,6 |
Últimos quatro trimestres / quatro trimestres imediatamente anteriores < Anexo: Tabela 4 > |
-3,8 | -4,7 | -4,8 | -4,4 | -3,6 |
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior < Anexo: Tabela 2 > |
-5,8 | -5,4 | -3,6 | -2,9 | -2,5 |
Trimestre / trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal) < Anexo: Tabela 7 > |
-1,2 | -0,6 | -0,3 | -0,7 | -0,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais
PIB cai 0,9% em relação ao 3º tri de 2016
A queda de 0,9% no 4º trimestre de 2016 resulta dos seguintes desempenhos: agropecuária (1,0%), indústria (-0,7%) e serviços (-0,8%). Na indústria, houve crescimento de 0,7% na extrativa mineral. A indústria de transformação (-1,0%) e a construção (-2,3%) apresentaram queda. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou variação negativa de 0,1% no trimestre.
Nos serviços, todas as atividades apresentaram resultado negativo, especialmente os serviços de informação (-2,1%) e transporte, armazenagem e correio (-2,0%), seguidas por comércio (-1,2%), outros serviços (-0,9%), intermediação financeira e seguros (-0,7%), administração, saúde e educação pública (-0,6%) e atividades imobiliárias (-0,2%).
Pela ótica da despesa, o consumo das famílias (-0,6%) caiu pelo oitavo trimestre seguido, e a formação bruta de capital fixo (FBCF) manteve resultado negativo (-1,6%). A despesa de consumo do governo (0,1%) manteve-se praticamente estável em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Em relação ao 4º trimestre de 2015, PIB recua 2,5%
Com a queda de 2,5% frente ao 4º trimestre de 2015, o valor adicionado a preços básicos caiu 2,3% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios recuaram em 3,3%.
A agropecuária apresentou queda de 5,0% em relação a igual período do ano anterior. A indústria teve queda de 2,4%, sendo que a transformação também recuou 2,4% e a construção caiu 7,5%. Já a extrativa mineral se expandiu em 4,0% em relação ao quarto trimestre de 2015, puxada principalmente pelo crescimento da extração de petróleo e gás natural. A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou expansão de 2,4%.
O valor adicionado de serviços caiu 2,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 7,5% de transporte, armazenagem e correio e de 3,5% do comércio (atacadista e varejista). Também apresentaram resultado negativo as atividades de intermediação financeira e seguros (-3,4%), serviços de informação (-3,0%), outros serviços (-2,6%) e administração, saúde e educação pública (-0,7%). As atividades imobiliárias (0,1%) mantiveram-se praticamente estáveis no período.
Pelo sétimo trimestre seguido, todos os componentes da demanda interna apresentaram queda, sendo que o consumo das famílias (-2,9%) apresentou a oitava queda seguida. Este resultado pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de crédito, emprego e renda ao longo do período.
Já a formação bruta de capital fixo caiu 5,4%, a 11ª queda consecutiva. Este recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações de bens de capital e pelo desempenho negativo da construção neste período. A despesa de consumo do governo variou negativamente em 0,1% em relação ao quarto trimestre de 2015.
PIB tem queda de 3,6% em 2016
Em 2016, o PIB sofreu contração de 3,6% em relação a 2015. Essa queda resultou do recuo de 3,1% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 6,4% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: agropecuária (-6,6%), indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%).
O PIB per capita teve queda de 4,4% em termos reais, alcançando R$ 30.407. O PIB per capita é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano.
O decréscimo da agropecuária em 2016 (-6,6%) decorreu, principalmente, do desempenho da agricultura. Na indústria, o destaque positivo foi o desempenho da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, que cresceu 4,7% em relação a 2015. A indústria de transformação teve queda de 5,2% no ano. A construção sofreu contração de 5,2%, enquanto que a extrativa mineral acumulou recuo de 2,9%, influenciada pela queda da extração de minérios ferrosos.
Dentre as atividades que compõem os serviços, transporte, armazenagem e correio sofreu queda de 7,1%, seguida por comércio (-6,3%), outros serviços (-3,1%), serviços de informação (-3,0%) e intermediação financeira e seguros (-2,8%). As atividades imobiliárias variaram positivamente em 0,2%, enquanto que a administração, saúde e educação públicas (-0,1%) ficou praticamente estável em relação ao ano anterior.
Na análise da despesa, pelo terceiro ano seguido houve contração da FBCF (-10,2%). Este recuo é justificado pela queda da produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo recuo da construção. A despesa de consumo das famílias caiu 4,2% em relação ao ano anterior (quando havia caído 3,9%), explicado pelo deterioração dos indicadores de juros, crédito, emprego e renda ao longo de todo o ano de 2016. A despesa do consumo do governo, por sua vez, caiu 0,6%, ante uma queda de 1,1% em 2015.
Já no setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 1,9%, enquanto que as importações de bens e serviços caíram 10,3%.
PIB atinge R$ 6,3 trilhões em 2016
O Produto Interno Bruto em 2016 totalizou R$ 6.266,9 bilhões. A taxa de investimento no ano de 2016 foi de 16,4% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (18,1%). A taxa de poupança foi de 13,9% em 2016 (ante 14,4% no ano anterior).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
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