Audiência sobre criação de Guarda Municipal Armada em Blumenau

Olá amigos do IVL!

Registro feito pelo coordenador do IVL, Rafael Prochnow.

Nesta quarta feira, 18 de novembro de 2015 às 19:00hrs, em Blumenau foi promovida uma audiência pública pela Câmara de Vereadores onde entrou em debate a criação de uma guarda municipal armada. A audiência foi proposta pelo vereador Marco Antônio Wanrowsky (PSDB), o qual presidiu a sessão, e por Diogo dos Santos (PR), responsável em apresentar o requerimento enquanto ocupava cadeira no Legislativo.

Na sequência, o vereador passou a palavra para o secretário de Defesa do Cidadão, Marcelo Schrubbe. O mesmo explicou que “proporcionar segurança não é uma obrigação do município”, mas, que a prefeitura faz o que é possível, afirmou também, que o prefeito Napoleão Bernardes solicitou logo no início do mandato (2012), estudos para a criação do órgão.

O secretário explicou porque o projeto já prevê que a guarda seja armada e qual a função do órgão:
– Em todas audiências onde houve o debate, foi unânime a questão do armamento. Segundo o secretário, “seria muito perigoso colocar duas pessoas fardadas num carro caracterizado e sem armamento. Além disso, a guarda não é outra polícia e não pode fazer o papel da mesma. A competência dela é proteção de bens públicos”.

Projeto “muito interessante” com todo seu contexto, porém, quando apresentado seu primeiro efetivo nas ruas da cidade, recebemos um balde água fria… “10 agentes” selecionados para iniciar a guarda Armanda de Blumenau (!?), cidade com mais de 300 mil habitantes.

Para dar início ao órgão, o custo mensal seria de 400 mil reais ao mês ou 3 milhões de reais ao ano, sendo que, o primeiro investimento para compra de uniformes e viaturas e armamento custaria para cofre público municipal cerca de 5 milhões reais. Portanto, seria gasto no primeiro ano 8 milhões de reais e depois todos os anos 3 milhões de reais para termos somente 10 agentes? E mais… a guarda municipal não poderá fazer rondas ostensivas, patrulhas em bairro com alta periculosidade, eles poderão atuar somente para segurança de praças, escolas e locais de responsabilidade do poder executivo municipal.

Vamos gastar 400 mil reais ao mês para termos somente 10 agentes e sua área de atuação será somente proteção do patrimônio público ao invés das vidas e da integridade física e mesmo patrimonial do indivíduo!?

Como não poderia ser diferente, serviços privados de segurança contratados com a máxima transparência e gerenciados sob o mais alto padrão de competitividade e exigência do setor privado, podem fazer segurança patrimonial sem maiores problemas e muito melhor do que qualquer novo “departamento” público. Gerando mais despesas e todos os problemas de corrupção e ineficiência. Isto, supondo haver mesmo tal necessidade no curto prazo.

Parece-nos claro que é mais uma forma de justificar ainda mais a extorsão de dinheiro dos indivíduos da sociedade; únicos produtores de qualquer riqueza.

Cabe ressaltar também, que no momento político que vivemos, sob a ameaça de um governo totalitário, bem alinhado a um totalitarismo crescente por todo o mundo, qualquer mudança em área tão sensível como segurança deve ser avaliada sob um amplo debate. Sabemos que um dos poucos setores não completamente aparelhados pelos braços do Foro de São Paulo (PT e seus aliados comunistas aqui no Brasil; atual governo), foram exatamente as forças de segurança.

Para toda questão ligada à segurança, o melhor mesmo sempre será o indivíduo ter os meios de proteger a si e seu patrimônio, adquirir no mercado os serviços para proteger a si e seu patrimônio e a sociedade entender que o custo de buscar no estado uma falsa sensação de segurança sempre cobrará um preço alto demais no longo prazo… alto e caro demais como a História cansa de nos ensinar e o bom senso nos alerta cotidianamente.

Abaixo alguns registros da audiência:

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Author: Vanderlei Dallagnolo

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